Férias mesmo? É não fazer coisa nenhuma… mas como não fazer coisa nenhuma?!
Enquanto contemplava este mar imenso que se avistava à minha frente, reflecti sobre mim e sobre os meus, relembrei os sabores e dissabores que a vida já me trouxe, senti-me criança, um espírito jovem e muitas vezes infantil que se vai encurralando num corpo que cresceu e não tarda a envelhecer e eu nem me dou conta disso.
Descansei, senti-me bem. Soltei intensas gargalhadas, enquanto fazia a festa (com as minhas parvoíces), deitava os foguetes e apanhava as canas, como nos velhos tempos e dei por mim a pensar que já não ria assim há muito tempo…
Sentei-me na areia, fiz um buraco fundo, bolinhos que o meu filho fingia comer e desfazia, brinquei com baldes e pá. Comi uma bola com muito creme; saí propositadamente para comprar um gelado, que não largava o meu pensamento; não chorei a ler um livro que me emocionou…
Gostava de viver perto do mar… mas não era ir para perto dele, teria de ser ele a vir para perto de mim.
Só peço o impossível!